Descoberta de estação ferroviária “abandonada” em Anápolis pode virar novo roteiro turístico da cidade

Descoberta de estação ferroviária “abandonada” em Anápolis pode virar novo roteiro turístico da cidade

Local permaneceu "escondido" por décadas e, agora, mobiliza historiadores que buscam reconhecer e restaurar a área

Samuel Leão Samuel Leão
Estação Jayme Tavares, abandonada desde a década 1950 em Anápolis. (Foto: Glaucio Henrique)

Na região da Vila Fabril, lado Oeste de Anápolis, esconde-se, há décadas, uma estação ferroviária que, ao contrário do que muitos pensavam, está conservada e guarda um grande pedaço da história da cidade.

Se trata da Estação Ferroviária Jayme Tavares, que seria responsável pela ligação da Estrada de Ferro Goyaz (EFG), no trecho Anápolis-Goiânia – porém, com a construção do trecho saindo da estação de Jarina, na cidade de Leopoldo de Bulhões, terminada em 1952, o plano foi cancelado.

O espaço está localizado a cerca de 12km da Estação Prefeito José Fernandes Valente, conservada até os dias atuais e situada no Centro. Até por volta de 1950, elas se ligavam.

O local “esquecido” voltou a ser centro de atenções apenas alguns anos atrás. Tanto que ela só foi “redescoberta” no dia 17 de agosto de 2019, quando o arquiteto Gláucio Henrique Chaves constatou que o estado de conservação da estação era impressionante.

“Um prolongamento dos trilhos da cidade de Anápolis, quando foi inaugurada essa pequena estação, chamada de Jayme Tavares. Ela foi caindo no esquecimento e, recentemente, acabei a encontrando junto de um amigo especialista em drones”, revelou.

Em um vídeo, feito justamente pelo “amigo” de Gláucio – o pesquisador e piloto de drones, Sebastião de Paula – é possível ver que o ambiente continua com as construções conservadas, em uma fazenda fora do centro urbano.

Misteriosa e encantadora

Inaugurada no dia 7 de setembro de 1935, a área se encontra dentro de uma propriedade particular – que é um mistério à parte.

Isso porque pesquisadores locais chegaram a solicitar informações ao Ministério Público (MPGO) e ao Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) sobre o registro do imóvel abandonado, mas sem sucesso.

Com a resposta de que não foi possível localizar a matrícula do imóvel, historiadores passaram a lutar por algo diferente: a restauração e reconhecimento do local.

É que, na região, ainda estão localizadas diversas vinícolas, como a Las Nubes, que poderiam compor um trecho de passeio de trem e se tornar até mesmo um roteiro turístico na cidade.

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